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Profissional de Compliance não precisa de OAB.

  • Foto do escritor: Isabele Manhani
    Isabele Manhani
  • 12 de out.
  • 3 min de leitura

Precisa de GRC.


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Considerando que parte da sociedade opta pela reatividade ao invés de primariamente buscar entender profundamente o tema em questão para posterior a isso, reagir. Sendo assim, vale lhe adiantar que antes de "acender as tochas" devido ao título: calma.


Para dar continuidade ao título em questão, é necessário se ater a 3 breves pontos:


  1. Sou advogada e tenho propriedade em dizer o quanto o curso de Direito fez e continua fazendo diferença em minha carreira quanto a Compliance, visto que é fato que a base jurídica e familiaridade com assuntos de responsabilidade civil/leis auxilia fortemente na área de Compliance. O que não é sinônimo de dizer que seja uma obrigatoriedade para atuar na área. Então, não, o título não é uma crítica aos meus colegas de profissão, e até o final isso ficará claro.


  1. Aos que me acompanham a mais tempo, seja por aqui ou no meu Instagram, já conhecem a tese no qual defendo e atuo: é imprescindível ter e agir com visão sistêmica no mercado de trabalho (ou como alguns gostam de chamar: ser multidisciplinar).


  2. O intuito deste artigo não é falar sobre hard skills. É de instigar você a pensar sobre a pessoa que ocupa (ou deveria ocupar) a cadeira do Profissional de Compliance. E aqui que entra o subtítulo.


Recentemente, em uma reunião escutei a seguinte frase:


O profissional de Compliance não precisa de OAB, precisa de GRC.


Antes de dar continuidade, se faz necessário a explicação da sigla mencionada.


Governança, Riscos e Conformidade/Compliance.


Governança quanto ao conjunto de regras, políticas e demandas neste sentido, a fim de promover a tomada de decisão com coerência, ética, responsabilidade e transparência. Gestão de Riscos quanto a identificação, avaliação e mitigação destes. Conformidade/Compliance quanto a assegurar o cumprimento de legislações aplicáveis.


Ponto é, qual o motivo pelo qual essa discussão iniciou?


Primeiro que essa frase é no mínimo brilhante. Atualmente, estamos na "era da saúde mental". Nunca uma "moda" veio a calhar tão bem, visto que fez com que as empresas fossem "obrigadas" a olhar esse aspecto perante seus colaboradores.


Essa "obrigatoriedade" não tem como propósito alterar o foco no atingimento dos resultados necessários. A questão é o como esses resultados podem ser atingidos.


Isso é um fato, independente de que algumas empresas ainda não terem "comprado" a respectiva mudança.


Seja com a mudança geracional, com as consequências da geração workaholic, com a introdução das mulheres em cadeiras de liderança, bem como com os vários afastamentos devido a síndrome de burnout. Seja qual o motivo for, cada vez mais os espaços nas empresas estão se abrindo para profissionais que estão encontrando um meio termo entre a técnica e a humanização, deixando transparecer sua própria essência a tona.


Existem ambientes e ambientes, modelos de negócios e modelos de negócios, no entanto, com toda essa necessidade atual de mudança pela própria sociedade, nota-se o quanto cada vez mais as pessoas estão menos dispostas a alterar a própria essência para caber em uma caixa, visto que isso é insustentável a longo prazo.


Cabe pontuar que: a ideia trazida aqui não é romantizar a vivência no ambiente empresarial, por obvio este não deve ser confundido com um ambiente familiar. De fato, deve existir clareza no tipo de conduta inegociável para empresa, no entanto:


Há de se pensar em quais alterações a empresa está disposta a conceder, a fim de ficar mais atrativa e receber os profissionais preparados para sentar nas cadeiras certas.


Os colaboradores precisam de cuidados que vão além de saber "como as regras do jogo funcionam". Vivo dizendo que Compliance vai além de anticorrupção, é sobre pessoas. Essa breve ideia introdutória para dizer que exatamente por isso o profissional de compliance precisa ter GRC:


Pessoas precisam ser cuidadas por pessoas.


A construção de políticas, códigos, protocolos é uma obrigação no qual qualquer um tem a capacidade de fazer e seguir, no entanto, é minimamente incontroverso o quanto os profissionais de Compliance estão perdendo (ou nunca tiveram) o mais importante para essa cadeira: o aspecto humano. Não é algo ensinado, é uma postura que vem de dentro.


Tal postura faz que o profissional tenha menos arrogância como dono da verdade, e mais abertura em um trabalho a 4 mãos, sabendo ouvir e conceder. Sabendo ter uma postura GRC, agindo além das expectativas internas, para com tomadas de decisão com coerência em prol da empresa.


Postura necessária para uma área tão humana.


É impossível esgotar um assunto com tanta relevância em um artigo curto, que é o objetivo deste blog, porém, que sirva de abertura para uma reflexão inicial por você.






 
 
 
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